Você gostaria de saber como é o curso de Vigilante? O que é atuar na profissão e quais as reais funções do vigilante? Quais os direitos e deveres legais do vigilante? Principalmente, como entrar e ter sucesso na profissão de vigilante? Você quer ter uma carreira promissora e vitoriosa na segurança privada? Então este artigo é indicado para você!
A falta de conhecimento adequado sobre a profissão de vigilante, muitas vezes, gera inúmeros prejuízos, desvantagens e perda de boas oportunidades de crescimento na profissão. Se você desconhece seus direitos, deveres e responsabilidades, você pode estar fazendo algo que não deveria ou deixando de fazer algo importante que deveria fazer.
O desconhecimento da profissão, muitas vezes, impossibilita a visualização de possibilidades de crescimento e aumentos de salário. Se você não sabe exatamente onde se encontra, para onde quer ir, e quais caminhos pode seguir; fica muito difícil chegar a um lugar diferente do que se encontra neste momento.
O que é Preciso para ser um Vigilante?
As empresas especializadas em formação de vigilantes têm um papel fundamental no desenvolvimento profissional do setor de segurança e todo profissional que pretende atuar neste setor é obrigado a passar por Cursos em uma Escola de Formação de Vigilantes, seguindo vários pré-requisitos, como: ser brasileiro, maior de 21 anos, ter no mínimo a 4° série do ensino fundamental, não ter antecedentes criminais e deve estar em dia com as justiças eleitoral, criminal e militar.
O curso básico de vigilância, que hoje está com a portaria nova de 200 horas seguidas, tem aula de legislação, direitos humanos, prevenção e combate a incêndios, primeiros socorros, criminalística, sistema de segurança pública, relações humanas de trabalho, armamento e tiro, radiocomunicações e alarme, noções de segurança patrimonial, gerenciamento de crises, vigilância, uso progressivo da força, educação física e defesa pessoal.
Além disso, o curso tem um trabalho voltado para a saúde física, para que ele possa aguentar a carga horária de 12 horas, e principalmente a saúde psicológica, que influência muito neste tipo de trabalho.
As aulas são divididas em duas etapas: teórica e prática. Na primeira etapa, os alunos estudam disciplinas como Legislação Aplicada, Segurança Pública e Privada, Prevenção e Combate a Incêndios, Primeiros Socorros, Armamento e Tiro, entre outras. Já na etapa prática, os alunos passam por treinamentos de defesa pessoal, tiro com arma de fogo, escolta armada e transporte de valores.
Além disso, é importante verificar se a escola de formação de vigilantes escolhida está devidamente credenciada pela Polícia Federal, para garantir a validade do curso. É possível encontrar a lista das escolas credenciadas no site da Polícia Federal.
Após concluir o curso de formação de vigilantes, é necessário obter a autorização para o exercício da profissão junto à Polícia Federal. Para isso, é preciso apresentar a documentação necessária, como o certificado de conclusão do curso, o registro no órgão regulador da atividade e a comprovação de capacidade técnica e psicológica.
É importante ressaltar que, para exercer a profissão de vigilante, é necessário estar em dia com os cursos de reciclagem exigidos pela Polícia Federal, que devem ser realizados a cada dois anos. Esses cursos têm como objetivo atualizar os conhecimentos e as habilidades dos profissionais para o desempenho da atividade.
Se parar e pensar, vai lembrar que já se deparou com esse profissional em um banco, shopping, universidade, trem ou metrô, porque eles estão presentes nesses e em vários outros lugares, afinal, todos os espaços precisam de cuidado e segurança. O bom da profissão vigilante, é que ela possibilita que você atuem em vários setores, como:
- Colégios e Universidades
- Bancos
- Transporte
- Centros logísticos
- Empresas
- Portos e aeroportos
Regulamentação da profissão
A profissão vigilante é antiga no Brasil, ela existe, formalmente, desde 1983. Ela é regulamentada pela Lei n. 7.102 que estabelece critérios e instruções para o exercício da profissão. Segundo a lei, os vigilantes: “Dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras providências”.
Para seguir essa profissão, existem algumas recomendações que precisam ser seguidas, sendo algumas delas:
- Ser brasileiro;
- Ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos;
- Ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau;
- Ter sido aprovado em curso de formação de vigilante;
- Ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante, realizado em estabelecimento com funcionamento autorizado nos termos desta lei;
- Ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico;
- Não ter antecedentes criminais registrados;
- Estar quite com as obrigações eleitorais e militares.
Algumas das principais características que um bom vigilante profissional deve ter são:
- postura profissional;
- segurança nas atitudes;
- ser incisivo em situações delicadas;
- saber trabalhar sob pressão;
- ser simpático e cordial com a população. Isso vale, principalmente, porque muitas pessoas contam com a figura do vigilante para pedir informações e tirar dúvidas;
- ser uma pessoa disciplinada;
- ser responsável;
- cuidar da saúde física, já que são jornadas de 12 horas de trabalho;
- ter boa atenção;
- ser atento aos detalhes para perceber situações de risco;
- ter boa memória visual para descrever situações em casos de emergência;
- saber atuar com discrição, evitando compartilhar informações sigilosas;
- ter uma boa comunicação para informar tanto superiores quanto na hora de saber abordar as pessoas em sua rotina;
- ter uma boa capacidade de reação;
- saber lidar com situações estressantes.
Quais os Deveres dos Vigilantes?
- Exercer suas atividades com urbanidade, probidade e denodo, observando os direitos e garantias fundamentais, individuais e coletivos, no exercício de suas funções;
- Utilizar, adequadamente, o uniforme autorizado, apenas em serviço;
- Portar a CNV;
- Manter-se adstrito ao local sob vigilância, observando-se as peculiaridades das atividades de transporte de valores, escolta armada e segurança pessoal; e
- Comunicar, ao seu superior hierárquico, quaisquer incidentes ocorridos no serviço, assim como quaisquer irregularidades relativas ao equipamento que utiliza, em especial quanto ao armamento, munições e colete à prova de balas, não se eximindo o empregador do dever de fiscalização.
O que faz o Vigilante?
No exercício da sua profissão o vigilante realiza diversa atividades voltadas para proteção de pessoas, área, edificações, numerários, bens e valores, e bens, que para efeito legal e de autorização de execução, são agrupadas em atividades de: vigilância patrimonial, segurança pessoal, transporte de valores e segurança pessoal.
Vigilante Patrimonial:
Executa a atividade de vigilância patrimonial em eventos sociais e dentro de estabelecimentos, urbanos ou rurais, públicos ou privados, com a finalidade de garantir a incolumidade física das pessoas e a integridade do patrimônio.
Requisitos para exercício da atividade:
- Ser aprovado em Curso de Formação de Vigilante;
- Passar por Curso de Reciclagem de Vigilante a cada 2 anos.
- Vinculo empregatício com Empresa Especializada ou Possuidora de Serviço de Segurança Orgânico.
Transporte de Valores:
Executa atividade de transporte de valores, numerário ou bens, mediante a utilização de veículos, comuns ou especiais.
Requisitos para exercício da atividade:
- Ser aprovado em Curso de Formação de Vigilante e Curso de Extensão em Transporte de Valores;
- Passar por Curso de Reciclagem de acordo com a especialização a cada 2 anos.
- Vinculo empregatício com Empresa Especializada em Segurança Privada.
Escolta Armada:
Executa atividade de escolta armada visando a garantir o transporte de qualquer tipo de carga ou de valor.
Requisitos para exercício da atividade:
- Ser aprovado em Curso de Formação de Vigilante e Curso de Extensão em Escolta Armada;
- Passar por Curso de Reciclagem de acordo com a especialização a cada 2 anos.
- Vinculo empregatício com Empresa Especializada em Segurança Privada.
Segurança Pessoal Privada:
Executa atividade de segurança pessoal com a finalidade de garantir a incolumidade física de pessoas.
Requisitos para exercício da atividade:
- Ser aprovado em Curso de Formação de Vigilante e Curso de Extensão em Segurança Pessoal;
- Passar por Curso de Reciclagem de acordo com a especialização a cada 2 anos.
- Vinculo empregatício com Empresa Especializada em Segurança Privada.
Principais Atribuições dos Vigilantes:
- Atividades de vigilância em estabelecimentos públicos e privados;
- Atividades de controle de acesso de pessoas e objetos;
- Atividades de segurança de pessoas e patrimônio;
- Escoltas de pessoas e bens de valor;
- Prevenção e combate a princípios de incêndio;
- Ações de Primeiros Socorros.
A profissão de vigilante requer vocação!
As pessoas que estiverem dispostas a exercerem a profissão de vigilante devem ter a plena consciência das responsabilidades desse cargo de suma importância. Pois envolve diversos tipos de riscos, dentre eles, o de “morte”, inerente as atividades que venham a executar.
O desemprego em muitas áreas, somada a necessidade de cumprir com as obrigações financeiras, tem levado muita gente a iniciar na área de segurança privada, muitas das vezes, sem a menor vocação e conhecimento sobre as características, responsabilidades e riscos da profissão.
Por esse motivo, algumas dessas pessoas, acabam por exercer a profissão de forma inadequada e desmotivados, descomprometidos com suas obrigações e responsabilidades, sem vínculo afetivo com a profissão, acarretando prejuízos a suas imagens e a da categoria como um todo.
Aqueles que escolheram atuar na área da segurança privada, devem sentirem se valorizados por sua escolha profissional, devem buscar a cada dia mais conhecimento e aprimoramento profissional, visando sua valorização pessoal e da profissão escolhida.
Na busca da felicidade e realização pessoal e profissional, o entusiasmo é um grande motivador. Não permita que acontecimentos ou pessoas negativas venham desencorajá-lo.
Qual o salário do Vigilante?
O salário do vigilante é estipulado e ajustado anualmente, mediante negociação e acordo entre o sindicato das empresas de segurança privada e o sindicatos que representa a categotia.
Salário do Vigilante
Os salários dos vigilantes variam de acordo com o nível de experiência e o porte da empresa. Abaixo estão detalhados os salários para os diferentes níveis e portes de empresa:
Porte da Empresa | Nível I | Nível III |
---|---|---|
Pequenas | R$ 1.661,01 | R$ 2.390,78 |
Médias | R$ 1.662,73 | R$ 2.392,50 |
Grandes Empresas | R$ 1.648,60 | R$ 2.378,37 |
Classificação dos níveis de vigilante:
- Vigilante Nível I: até 4 anos de experiência
- Vigilante Nível II: de 4 a 6 anos de experiência
- Vigilante Nível III: acima de 6 anos na empresa até sua demissão
Observe que os salários podem variar ligeiramente dependendo da região e do acordo coletivo específico da categoria.
De acordo com a especialização ou atividades desempenha poderá receber gratificações conforme a seguir:
- Vigilante Condutor de Animais 10% sobre o piso salarial;
- Vigilante Condutor de Veículos Motorizados 10% sobre o piso salarial;
- Vigilante Segurança Pessoal 10% sobre o piso salarial;
- Vigilante Balanceiro 10% sobre o piso salarial;
- Vigilante Brigadista 10% sobre o piso salarial;
- Vigilante Líder 12% sobre o piso salarial;
- Vigilante Operador de Monitoramento Eletrônico 11,77% sobre o piso salarial.
Academia de Formação para vigilantes
TX2 Escola de Formação de Vigilantes é uma das empresas do Grupo Unifort, atuando no mercado desde 2013, é uma das mais conceituadas escolas de cursos de Formação, Reciclagem e Especialização de Vigilantes do Estado de Mato Grosso.
A empresa tem como objetivo não apenas formar vigilantes, mas também oferecer qualificação especializada da melhor qualidade. Incentivamos a motivação para que o profissional da área de segurança possa exercer suas atividades com a utilização de seu pleno potencial.
Seu corpo de instrutores são altamente especializados, formado pelo mais alto nível de profissionais do mercado, incluindo instrutores do BOPE-MT.
CURSO BÁSICO PARA FORMAÇÃO DO VIGILANTE
Duração do curso*: 4 semanas de curso. Carga horária de 200 horas
*Horário*: integral das 8h00 as 17h30, intervalo de 2 horas, sendo das 11h30 as 13h00. Sábado das 8h00 as 12h00.
Curso de vigilante preço
Os valores investidos em um curso de vigilante dependem muito da escola de formação em que é feito e da localidade do país. No entanto, os melhores cursos variam entre R$850,00 a R$1200,00.
Na Tx2 o valor é de R$ 910,00
A academia também disponibiliza cursos de extensões para quem já é formado no curso básico.
- EXTENSÃO EM ESCOLTA ARMADA
- EXTENSÃO EM TRANSPORTE DE VALORES
- EXTENSÃO EM GRANDES EVENTOS
- EXTENSÃO EM SEGURANÇA PESSOAL VIP
- RECICLAGEM DO CURSO BÁSICO DE VIGILANTES
- RECICLAGEM EM ESCOLTA ARMADA
- RECICLAGEM EM TRANSPORTE DE VALORES
Veja em seguida: Monitore seu condomínio: como acessar câmeras de segurança pelo celular
Em resumo, para se tornar um vigilante é necessário fazer um curso de formação em uma escola devidamente credenciada pela Polícia Federal, atender aos requisitos exigidos e obter a autorização para o exercício da profissão. Além disso, é importante realizar os cursos de reciclagem periodicamente, para manter-se atualizado e capacitado para o desempenho da atividade.
Sindicato dos vigilantes
Existe um sindicato dos vigilantes no Brasil, que é responsável por representar os interesses e direitos dos trabalhadores da área de segurança privada. O sindicato dos vigilantes é uma entidade de classe que atua na defesa dos direitos trabalhistas e sociais dos vigilantes, lutando por melhores condições de trabalho, salários mais justos, benefícios e outros direitos.
O sindicato dos vigilantes tem como principal objetivo proteger e promover os interesses dos trabalhadores da área, negociando com as empresas contratantes melhores condições de trabalho, como carga horária, remuneração, benefícios, segurança e saúde no trabalho, entre outros. Além disso, o sindicato também atua na defesa dos direitos dos vigilantes perante as autoridades competentes, como a Polícia Federal e o Ministério do Trabalho e Emprego.
A criação dos sindicatos de vigilantes no Brasil é resultado de uma série de lutas e reivindicações dos trabalhadores da área, que buscavam melhorias em suas condições de trabalho e garantias de seus direitos. O primeiro sindicato de vigilantes foi fundado na década de 1940, em São Paulo, e desde então, outras entidades surgiram em diferentes regiões do país.
Atualmente, existem diversos sindicatos de vigilantes no Brasil, que representam os trabalhadores de diferentes estados e regiões do país. Cada sindicato possui uma estrutura própria e um conjunto de ações voltadas para a defesa dos direitos dos vigilantes.
Entre as principais atividades dos sindicatos, podemos destacar a negociação coletiva com as empresas contratantes, a realização de campanhas salariais e de benefícios, a promoção de cursos de capacitação e treinamento para os trabalhadores da área, além de outras iniciativas que visam a valorização e a proteção dos direitos dos vigilantes.
Para se filiar a um sindicato, o trabalhador deve procurar a entidade que representa a região em que trabalha e seguir os procedimentos estabelecidos pelo sindicato. Geralmente, é necessário apresentar documentos como carteira de trabalho, comprovante de residência e comprovante de pagamento da contribuição sindical.
Ao se filiar a um sindicato, o trabalhador passa a contar com uma série de benefícios, como assistência jurídica, auxílio em casos de acidentes de trabalho, descontos em cursos e serviços, além de outras vantagens. Além disso, o sindicato representa os interesses do trabalhador junto às empresas contratantes e às autoridades competentes, garantindo a proteção de seus direitos.
Em resumo, o sindicato é uma entidade importante na defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores da área de segurança privada. Atuando na negociação coletiva, na promoção de cursos e treinamentos, na assistência jurídica e em outras iniciativas, os sindicatos de vigilantes contribuem para a valorização e proteção dos direitos dos trabalhadores da área. Para saber mais sobre a profissão de vigilantes entre no site do Grupo Unifort.
Veja em seguida: Como escolher o melhor alarme sem fio para condomínios
O que um vigilante precisa saber?
Um bom vigilante precisa saber como agir de forma disciplinada e sob pressão, conseguindo manter o controle de si e sobre as situações no dia a dia. Isso permite contornar cenários de caos que, infelizmente, podem fazer parte da rotina do vigilante.
Além disso, ele deve ter domínio dos instrumentos utilizados no dia a dia (armas letais e não letais), bem como aprender sobre técnicas de imobilização e controle.
Quais são as leis que regem o trabalho do vigilante?
As atividades do vigilante patrimonial estão regidas pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), que rege todos os contratos de carteira assinada do país.
Além disso, também há três leis que influenciam em suas atividades: a Lei nº 7.102, Decreto nº 89.056 e Portaria 3233/2012. Também faz parte as Convenções Coletivas de Trabalho da categoria.
As empresas podem exigir altura mínima para vigilantes?
Durante muito tempo, muitos empregadores realizavam discriminação com os candidatos, exigindo altura mínima para o trabalho. Desde 2016, por um projeto da Comissão de Assuntos Sociais, isso não pode mais acontecer.
Empresas que descumpram essa norma deverão passar por sanções com o pagamento de multas entre R$ 6 mil a R$ 30 mil.
A profissão de vigilante exige uma combinação de características e habilidades que vão muito além da presença física. Responsabilidade, discrição, profissionalismo, atenção e perspicácia são todas características essenciais que cada vigilante deve possuir para desempenhar seu papel de maneira eficaz. Ao compreender e valorizar estas características, podemos apreciar ainda mais o trabalho vital que os vigilantes desempenham em nossa sociedade.