Se o seu condomínio ou empresa ainda depende de câmeras antigas, controles simples e muito papel, você tem um ponto crítico em 2026. Segurança competitiva significa sistemas inteligentes, conectados à nuvem e integrados à rotina de gestão. Ficar preso ao modelo tradicional tende a deixar o patrimônio mais exposto e, paradoxalmente, mais caro de manter.
Só no Brasil, o setor de segurança eletrônica faturou cerca de R$ 14 bilhões em 2024, com crescimento de 16,1 por cento em relação ao ano anterior. No mundo, o mercado de segurança física caminha para a casa das centenas de bilhões de dólares até 2030. Isso não é modismo, é um deslocamento estrutural do mercado.
Para síndicos e gestores de facilities o desafio é maior do que apenas escolher câmera ou catraca. É equilibrar três forças ao mesmo tempo: a velocidade da tecnologia, as particularidades locais de clima e distância e um cenário de criminalidade cada vez mais sofisticado.
Ao longo deste guia, você vai enxergar, de forma prática, três pontos centrais. Primeiro, por que a inteligência artificial em vídeo já é padrão competitivo e não mais luxo. Segundo, como a portaria remota e os modelos híbridos podem reduzir custo sem perder controle. Terceiro, como preparar orçamento e infraestrutura agora para que o seu sistema não esteja obsoleto em poucos anos.
Este é um guia para quem decide proteger vidas e ativos com inteligência, e não apenas com equipamentos espalhados.
O que é a segurança eletrônica 4.0?
Para entender as tendências de 2026, você precisa primeiro mudar a forma de enxergar segurança eletrônica. Segurança 4.0 é a passagem de sistemas analógicos, isolados e reativos para ecossistemas digitais, integrados e inteligentes.
Nos últimos anos, segurança eletrônica deixou de ser sinônimo de instalar câmera e alarme. A combinação de inteligência artificial, nuvem, internet das coisas e integração com tecnologia da informação transformou o setor em um componente estratégico da gestão.
O próprio panorama da ABESE mostra esse salto. O uso de inteligência artificial em soluções de segurança subiu de 54 por cento para 64,3 por cento em um ano. Em termos práticos, a IA saiu da fase de teste e passou a fazer parte do dia a dia de operações que precisam funcionar vinte e quatro horas por dia.
No cenário internacional, a receita global de equipamentos e software de videomonitoramento deve subir de cerca de 33,8 bilhões de dólares em 2024 para quase 48 bilhões de dólares até 2030. Segmentos específicos, como videomonitoramento como serviço (VSaaS) e IA em vídeo, crescem a taxas anuais acima de 14 a 16 por cento, impulsionados por cidades inteligentes, redes 5G e hardware com processamento na borda.
Traduzindo para o seu mundo, recursos que pareciam distantes, como câmeras que interpretam cenas, sistemas que se atualizam pela nuvem e plataformas que unem segurança física e lógica, começam a ser o novo padrão para empreendimentos de qualquer porte.
No modelo tradicional, cada equipamento funciona sozinho. Uma câmera grava, o alarme dispara, a cerca elétrica dá choque. Na segurança 4.0, tudo conversa. O objetivo central deixa de ser apenas vigiar e passa a ser gerar informação confiável para a tomada de decisão.
Os três pilares da nova segurança eletrônica
A nova geração de sistemas de segurança se apoia em três pilares que sempre aparecem combinados, mesmo que com intensidades diferentes.
- Conectividade e internet das coisas. Os dispositivos de campo passam a conversar entre si pela rede, trocando dados de status, eventos e comandos. A câmera deixa de ser um ponto mudo e passa a reagir a sensores, alarmes e automação predial.
- Inteligência com inteligência artificial. O software interpreta o que está acontecendo sem exigir atenção humana constante. Ele identifica padrões, separa o que é rotina do que é risco e ajuda a equipe a focar no que realmente exige decisão.
- Nuvem como ambiente de gestão. O armazenamento e o controle saem do servidor físico local, que é vulnerável a falha, roubo e obsolescência, e vão para ambientes em nuvem, com redundância e acesso seguro de qualquer lugar autorizado.
Quando esses três pilares trabalham juntos, o sistema deixa de ser um conjunto de equipamentos e passa a se comportar como um organismo único.
A inteligência artificial como protagonista no CFTV
Entre todas as palavras que se repetem nos relatórios de tendências até 2026, inteligência artificial é a mais recorrente. No circuito fechado de televisão, a IA deixou de ser acessório e se tornou o motor da evolução.
Em vez de câmeras que apenas gravam tudo o tempo todo, o cenário atual é de sistemas que analisam imagens em tempo real. Eles reconhecem movimentos suspeitos em perímetros, permanência em áreas restritas, objetos abandonados e comportamentos fora do padrão. Quando identificam algo relevante, disparam alertas claros, que ajudam a equipe a agir com rapidez.
Na busca inteligente, o ganho de tempo é evidente. Em vez de avançar manualmente horas de gravação como quem procura agulha em palheiro, o operador pode filtrar imagens por cor de roupa, tipo de veículo, sentido de deslocamento ou faixa de horário, de acordo com os recursos do sistema. Isso reduz tempo, cansaço e aumenta a chance de encontrar o que importa em uma investigação interna ou policial.
Estudos específicos apontam que o mercado de IA em vídeo deve praticamente dobrar de tamanho entre 2025 e 2030, acompanhado de projetos que combinam analytics, videomonitoramento em nuvem e aplicações de cidade inteligente. Para condomínios e empresas, isso significa operações mais enxutas, respostas mais rápidas e uma visão muito mais clara do que está acontecendo nas áreas críticas.
Nuvem, VSaaS e a mudança no modelo de uso – Integração sistemas de segurança
Outra tendência que se consolida até 2026 é a migração de arquiteturas puramente locais para modelos em nuvem ou híbridos. Isso vale para armazenamento de vídeo, controle de acesso, gestão de dispositivos e supervisão.
No vídeo, o conceito de VSaaS, ou videomonitoramento como serviço, ganha espaço. Em vez de investir pesado em infraestrutura local, o cliente contrata um serviço recorrente em que o provedor assume a responsabilidade por armazenamento, processamento e atualização de software, enquanto o acesso às imagens e aos relatórios ocorre pela internet, com níveis de segurança e criptografia definidos em contrato.
As projeções indicam que o mercado global de VSaaS deve subir de aproximadamente 3,7 bilhões de dólares em 2024 para algo próximo de 9 bilhões de dólares em 2030.
Este movimento é coerente com o que já acontece na tecnologia da informação corporativa. Cada vez mais, as organizações preferem serviços previsíveis e escaláveis em vez de grandes desembolsos em ativos que envelhecem rápido. Em segurança, essa lógica permite atualizar recursos de IA, integrar novos sistemas e reforçar cibersegurança sem trocar todo o hardware a cada ciclo.

Controle de acesso touchless, em nuvem e sem atrito – Portaria remota 2026
O controle de acesso passa por uma transformação silenciosa, mas profunda. A soma de credenciais móveis, reconhecimento facial, biometria avançada e plataformas em nuvem muda a experiência de quem entra e sai de condomínios, escritórios, fábricas e centros logísticos.
Em vez de crachás físicos que se perdem ou se desgastam, muitas empresas já distribuem credenciais no celular. Isso simplifica a gestão de visitantes, prestadores de serviço e equipes temporárias. Permissões podem ser criadas e revogadas em poucos cliques, sem impressão de cartões e sem necessidade de troca de fechaduras.
Ao mesmo tempo, leitores de reconhecimento facial e biometria sem contato ajudam a reduzir filas e tornam o fluxo mais natural. A pessoa passa, é autenticada em frações de segundo e segue, sem precisar digitar senhas ou aproximar cartões a cada acesso.
Por trás dessa experiência está a mudança para plataformas de gestão em nuvem. Grandes organizações conseguem administrar múltiplos sites com políticas iguais, relatórios centralizados e registros detalhados de quem acessou o quê, quando e por qual porta. Isso é cada vez mais relevante para compliance, auditoria interna e segurança da informação.
Cibersegurança, LGPD e a nova responsabilidade da área de segurança – Segurança eletrônica LGPD ESG
Com tantos dispositivos conectados à rede e dados sendo transportados para a nuvem, não há como falar de tendências em segurança eletrônica para 2026 sem tratar de cibersegurança e proteção de dados.
A evolução do setor passa pela ciberproteção. Isso inclui criptografia de comunicação nos dispositivos, atualização regular de firmware e exigência de conformidade de toda a cadeia, do fabricante ao integrador. Em paralelo, leis como a Lei Geral de Proteção de Dados tornam obrigatório o cuidado com imagens, registros de acesso e qualquer dado que permita identificar pessoas.
Na prática, câmeras, gravadores, servidores e controladoras de acesso precisam ser tratados como ativos sensíveis de tecnologia da informação. É necessário ter políticas de senha fortes, segmentação de rede, rotinas de backup, monitoramento de vulnerabilidades e regras claras de acesso a dados.
A área de segurança física, que antes se concentrava em muros, portões e rondas, passa a trabalhar junto com TI, jurídico e compliance para construir uma visão integrada de risco. Quem ignorar essa integração tende a conviver com brechas, duplicidade de esforços e conflitos de responsabilidade.
Como funciona a tecnologia preditiva na prática
Quando se fala em 2026, a grande promessa é a capacidade de prever e impedir incidentes antes que se tornem crises. Embora pareça abstrato, o processo segue uma lógica clara, em três etapas, que imita a forma como o cérebro humano percebe e reage, porém com atenção integral.
- Percepção avançada. Câmeras e sensores funcionam como olhos e ouvidos do sistema. A diferença é que, agora, muitos desses dispositivos possuem processadores embarcados. Eles não apenas filmam, eles identificam se estão vendo uma pessoa, um veículo ou um animal e classificam o tipo de movimento.
- Análise cognitiva. A inteligência artificial analisa os dados em tempo real e compara o que está acontecendo com padrões de comportamento já aprendidos. Uma pessoa parada na recepção às quatorze horas pode ser algo comum. Uma pessoa parada nos fundos de um empreendimento às três da manhã é uma anomalia que exige atenção.
- Resposta autônoma. Quando o sistema identifica risco, ele aciona respostas imediatas baseadas em regras do negócio. Pode acender holofotes, emitir mensagens de voz como aviso de área restrita, travar portas magnéticas e enviar alertas com vídeo do evento para a central de monitoramento, tudo em segundos.
O operador humano continua essencial, mas entra na cena na hora certa, com a informação certa, em vez de gastar tempo vigiando telas em busca de algo que talvez nem aconteça.
As 7 tendências que definirão o mercado
Se você está planejando investimentos, estas são as tecnologias obrigatórias no radar.
1. Portaria remota e modelos híbridos
A portaria remota já é uma realidade consolidada, mas para 2026 ela se torna mais robusta. A tendência é o crescimento dos modelos híbridos: tecnologia autônoma para o dia a dia e suporte humano remoto para exceções e emergências. Isso equilibra a redução de custos condominiais com a eficiência operacional.
Portaria remota, centrais integradas e operação 24/7
A portaria remota é outro elemento que se firma entre as principais tendências da segurança eletrônica em 2026. Ela já está presente em milhares de condomínios brasileiros e tende a continuar crescendo, impulsionada pela busca por padronização de procedimentos, rastreabilidade e melhor aproveitamento da equipe.
Nesse modelo, o atendimento a moradores, visitantes e entregadores é feito a partir de uma central de monitoramento, que atende diversos empreendimentos. As imagens das câmeras, a comunicação por áudio e o controle de portas, portões e cancelas são concentrados nesse ambiente, onde existem supervisão, gravação dos atendimentos e protocolos definidos para diferentes tipos de ocorrência.
Essa central pode operar com apoio de analytics e IA, priorizando alarmes relevantes, automatizando parte da triagem e gerando relatórios de eventos. A grande mudança é cultural: a portaria deixa de ser um “ponto isolado na calçada” e passa a ser um serviço profissional contínuo, com rotinas mais consistentes e indicadores de desempenho.
2. Controle de acesso “touchless” (sem toque)
A higiene e a praticidade impulsionam o fim das biometrias de dedo. O reconhecimento facial de alta precisão e o acesso via smartphone (credenciais móveis via Bluetooth/NFC) tornam-se os padrões dominantes. O celular vira a chave, impossibilitando clonagens comuns em controles remotos antigos.
IoT, sensores e automação predial junto com a segurança
A Internet das Coisas (IoT) fez com que sensores de todo tipo passassem a conversar com os sistemas de segurança. Em vez de câmeras e alarmes trabalhando sozinhos, vemos cenários em que dados de presença, abertura de portas, vibração em muros, fumaça, temperatura e outros pontos são combinados para dar contexto a cada evento.
Um disparo de alarme de intrusão, por exemplo, pode acionar automaticamente uma câmera para mirar na direção correta, ligar a iluminação de uma área externa, registrar o evento em log e enviar um alerta para o time responsável – tudo isso em segundos, sem que alguém precise executar cada ação manualmente.
Em edifícios comerciais e industriais, essa integração com automação predial também ajuda em frentes como consumo de energia e conforto ambiental. Em vez de sistemas separados, as organizações começam a tratar segurança, automação e operação como partes diferentes do mesmo “cérebro” digital do prédio.
3. Câmeras com edge computing (processamento na borda)
As câmeras deixam de ser passivas. Com processadores neurais internos, elas analisam a cena localmente. Isso economiza banda de internet (pois só enviam o que importa) e garante que a análise de segurança continue funcionando mesmo se a conexão com o servidor cair temporariamente.
4. Integração total com IoT (internet das coisas)
A segurança deixa de ser um silo. Em 2026, o sistema de alarme conversa com a iluminação inteligente (acendendo luzes em caso de invasão) e com a automação predial (bloqueando elevadores). Sensores de vazamento de água e gás também são integrados ao painel de monitoramento, prevenindo danos patrimoniais além do roubo.
5. Gestão de encomendas com lockers inteligentes
Com o crescimento exponencial do e-commerce, a gestão de pacotes é um caos em portarias. Armários inteligentes (lockers) integrados ao controle de acesso permitem que entregadores deixem encomendas de forma segura, notificando o morador via app para retirada via QR Code, sem sobrecarregar funcionários.
6. Cibersegurança para dispositivos físicos
Com tudo conectado, o risco de invasão digital aumenta. A tendência é a adoção de protocolos rígidos de cibersegurança nos próprios equipamentos de câmera e controle de acesso, com criptografia ponta a ponta e autenticação de dois fatores para administradores.
7. Drones autônomos para grandes perímetros
Para grandes complexos industriais e condomínios horizontais extensos, o uso de drones que ficam em “dock stations” e realizam rondas automáticas programadas está se tornando viável financeiramente, oferecendo visão térmica e aérea inalcançável por rondas terrestres.
Aplicações por cenário: como isso aparece no dia a dia
As mesmas tendências se manifestam de modos diferentes em cada tipo de empreendimento. O ponto não é copiar o vizinho e, sim, traduzir a tecnologia para a sua realidade.
Antes de qualquer compra, vale passar por um diagnóstico honesto. É preciso entender quais áreas são realmente críticas, que tipos de incidentes já ocorreram, como é a experiência de quem utiliza o espaço e que infraestrutura já existe. A partir desse mapa, fica mais fácil montar um plano em fases, em vez de cair na tentação de trocar tudo de uma vez.
Em muitos casos, a jornada passa por renovar o CFTV gradualmente, usar IA nos pontos mais sensíveis, melhorar o controle de acesso, revisar a rede, reforçar cibersegurança e definir políticas claras de uso de dados. Objetivos mensuráveis, mesmo simples, ajudam a mostrar resultado. Reduzir o tempo de resposta, diminuir incidentes em uma área específica ou facilitar a recuperação de imagens são exemplos de metas que síndicos, conselhos e diretoria conseguem entender.
Trabalhar com um integrador que pense em projeto, e não apenas em produto, costuma fazer diferença. Esse parceiro ajuda a traduzir jargão técnico, encaixar tendências na realidade do cliente e construir uma arquitetura que possa evoluir sem remendos constantes.
Condomínios residenciais
Nos condomínios residenciais, o foco costuma ser a combinação entre redução da taxa condominial e valorização do imóvel. A substituição ou complementação da portaria física por modelos remotos ou híbridos pode liberar orçamento para outras melhorias, como áreas comuns e manutenção estrutural.
O aplicativo do morador tende a se tornar o centro de comando. É por ali que se libera visitante, se autoriza prestador, se acompanha encomenda e se reserva área comum. Quando isso é bem implantado, o resultado é uma experiência mais fluida para os moradores e processos mais organizados para a administração.
Empresas e escritórios corporativos
Em empresas e escritórios corporativos, a prioridade passa pelo controle do fluxo de pessoas e pela proteção de dados. O reconhecimento facial ajuda a eliminar fraude de ponto e empréstimo de crachá. A integração com sistemas de recursos humanos permite que a admissão e o desligamento sejam refletores automáticos de acesso físico. Quando um funcionário é desligado no sistema, o acesso dele é revogado, em tempo quase real, em catracas, cancelas e demais pontos controlados.
A combinação de controle de acesso, videomonitoramento e trilhas de auditoria também contribui para atender normas de compliance e reduzir o risco de incidentes internos.
Indústrias e logística
Em ambientes industriais e de logística, a prioridade é a prevenção de perdas e a segurança do trabalho. Câmeras com inteligência artificial podem monitorar o uso de equipamentos de proteção individual, identificar comportamentos de risco em áreas de carga e descarga e, ao mesmo tempo, proteger o perímetro contra intrusões.
A integração com sensores de peso, barreiras de luz e automação de portões ajuda a evitar acidentes e a organizar o fluxo de veículos pesados, reduzindo retrabalho, paradas e danos a ativos.
Comparações: segurança tradicional vs. segurança 4.0
| Característica | Segurança tradicional (analógica) | Segurança 4.0 (digital/inteligente) |
| Atitude | Reativa (investiga o passado) | Preditiva (alerta no presente) |
| Armazenamento | DVR local (risco de roubo/falha) | Nuvem/Híbrido (segurança e redundância) |
| Acesso | Chaves, tags e controles (clonáveis) | Facial, Mobile e Biometria (intransferíveis) |
| Manutenção | Corretiva (conserta quando quebra) | Proativa (sistema avisa saúde do device) |
| Integração | Sistemas isolados | Plataforma única e conectada |
Boas práticas e checklist de planejamento
Para preparar seu empreendimento para 2026, siga este roteiro básico:
- Diagnóstico de riscos: Mapeie as vulnerabilidades reais (físicas e procedimentais) antes de cotar produtos.
- Definição de orçamento (CAPEX vs OPEX): Avalie se é melhor comprar os equipamentos (investimento) ou alugá-los como serviço (despesa operacional).
- Prova de conceito (PoC): Antes de fechar o contrato total, peça para testar a tecnologia (ex: uma câmera ou uma catraca) por um período.
- Revisão do regulamento interno: Atualize as normas do condomínio ou empresa para contemplar o uso das novas tecnologias e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Métricas de sucesso: como avaliar?
Não basta instalar; é preciso medir. Em um sistema moderno, você deve acompanhar:
- Taxa de disponibilidade: O sistema deve estar online 99,9% do tempo.
- Tempo de pronta resposta: Quanto tempo entre a detecção da IA e a ação da central/vigilância?
- Redução de falsos alarmes: A calibração da IA deve reduzir disparos indevidos para manter a equipe focada no que é real.
- Adesão dos usuários: Qual porcentagem de moradores/funcionários está usando o app ou a biometria corretamente?
Perguntas frequentes (FAQ)
Tendência é sinônimo de modismo em segurança eletrônica?
Não necessariamente. Quando falamos em tendências da segurança eletrônica em 2026, estamos discutindo movimentos apoiados em dados de mercado, como o crescimento consistente do faturamento do setor, a adoção crescente de IA em soluções e a expansão de modelos em nuvem e VSaaS. O risco aparece quando se adota tecnologia apenas pelo “brilho” e não por um projeto coerente.
Toda câmera vai precisar ter inteligência artificial?
Não. Nem todo ponto exige analytics avançado. Em muitos projetos, faz sentido concentrar os recursos de IA em áreas de maior risco, como acessos, perímetros e locais com maior circulação. O importante é que a arquitetura permita incluir e ampliar o uso de IA conforme a necessidade e o orçamento evoluem.
Ainda vale a pena instalar sistema analógico?
O movimento do mercado é claramente em direção a soluções IP, com maior qualidade de imagem, possibilidade de uso de IA e integração com plataformas em nuvem. Tecnologias legadas podem até continuar operando em cenários específicos, mas dificilmente fazem sentido como aposta principal para um projeto pensado para vários anos.
Migrar para a nuvem significa abrir mão de segurança dos dados?
Não. A nuvem não é automaticamente mais segura ou mais insegura do que o ambiente local; tudo depende da forma como é implementada. Provedores sérios investem em criptografia, controle de acesso, redundância e certificações, enquanto o cliente precisa cuidar de políticas, senhas, perfis de usuário e integrações seguras.
Portaria remota é adequada para qualquer condomínio ou empresa?
Existem empreendimentos para os quais a portaria remota faz muito sentido e outros em que talvez um modelo híbrido seja mais adequado. O desenho correto depende de fatores como fluxo de pessoas, quantidade de acessos, perfil dos usuários, localização, infraestrutura e cultura do condomínio ou da empresa. O importante é avaliar caso a caso e não ver a portaria remota como solução “mágica” universal.
Como a LGPD impacta projetos de segurança eletrônica?
A LGPD não proíbe o uso de câmeras ou controles de acesso, mas obriga as organizações a tratar imagens e registros como dados pessoais. Isso envolve informar usuários sobre o monitoramento, limitar o acesso às imagens a quem realmente precisa, definir prazos de retenção, documentar finalidades e tomar cuidados extras ao compartilhar material com terceiros.
IA em vídeo substitui o trabalho humano na segurança?
A IA ajuda a automatizar tarefas repetitivas, como ficar olhando dezenas de telas ao mesmo tempo, mas não substitui completamente a análise humana. Na prática, ela funciona como um filtro que destaca o que merece atenção, permitindo que operadores e gestores usem melhor o tempo e tomem decisões mais informadas.
É possível começar pequeno e crescer depois?
Sim, e em muitos casos essa é a abordagem mais saudável. Começar com um piloto em área crítica, ajustar processos, ouvir usuários e, só então, expandir para outros pontos costuma gerar menos resistência e mais aprendizado, além de distribuir melhor o investimento ao longo do tempo.
Como justificar o investimento em tecnologia de segurança para a alta gestão?
Uma forma é traduzir o tema em linguagem de risco, custo e resultado: probabilidade e impacto de incidentes, responsabilidade jurídica, imagem da marca, eficiência operacional e continuidade de negócios. Quando se mostram dados do mercado, exemplos de incidentes evitados ou melhor tratados e indicadores de desempenho, a conversa deixa de ser apenas “custo de câmera” e passa a ser “gestão de risco”.
Por onde começar se hoje o sistema ainda é muito básico?
O primeiro passo é mapear o cenário atual e identificar onde a situação é mais crítica. A partir daí, faz sentido escolher uma frente de modernização para começar – muitas vezes, o controle de acesso ou a renovação do CFTV em áreas de maior risco e definir um plano que, aos poucos, incorpore IA, nuvem, integração e cuidados de cibersegurança.
Conclusão: tecnologia é meio, não fim
As tendências da segurança eletrônica em 2026 deixam claro que o setor está atravessando uma fase de consolidação. Inteligência artificial, nuvem, VSaaS, portaria remota, controle de acesso avançado, IoT e cibersegurança já não são mais conceitos experimentais: são componentes de projetos que, cada vez mais, conectam segurança física, TI e negócios.
Ao mesmo tempo, a experiência mostra que equipamento sem projeto vira só equipamento caro. O que faz diferença é a capacidade de enxergar a segurança como parte da estratégia da organização, definir prioridades, planejar a evolução por etapas e escolher parceiros com visão de longo prazo.
Se o seu condomínio ou empresa ainda está preso a sistemas puramente reativos, este é um bom momento para olhar para 2026 como um marco de mudança. Começar por um diagnóstico, desenhar uma arquitetura que faça sentido e dar os primeiros passos rumo a um ambiente mais inteligente pode ser a diferença entre apenas “ter câmeras” e realmente usar tecnologia a favor da segurança, da operação e das pessoas.
Assinatura
O futuro da segurança patrimonial é inteligente, conectado e proativo. As tendências para 2026 mostram um caminho sem volta para a digitalização e a eficiência operacional. O Grupo Unifort Segurança acompanha de perto essa evolução, oferecendo expertise técnica para transformar essas tendências em proteção real para seu patrimônio.
Quer levar seu sistema de segurança para o próximo nível? Entre em contato com nossos especialistas e solicite uma avaliação do seu cenário.









